Guilherme Galvão Bueno Iglesias
O que é Maquete Eletrônica?
Basicamente a Maquete Eletrônica, também conhecida como Modelagem 3D, pode ser definida como uma simulação 3D de um ambiente, cômodo, paisagem etc., de modo que possa ficar tão realista a ponto de não ser possível diferenciá-la de uma foto. Ela é apresentada através de fotos e/ou vídeos renderizados produzidos pelo projetista. Assim é possível escolher a “posição da câmera” e a abertura da lente do jeito que julgar melhor para apresentar dependendo do que se deseja transmitir ao espectador.
A Maquete Eletrônica é um serviço realizado de softwares específicos, tais como o SketchUp e o Vray, que é muito comum empresas de engenharia ou arquitetura oferecerem como complemento ao projeto. Ela permite o cliente ter uma melhor ideia de como ficará o resultado da obra, portanto acaba sendo um serviço indispensável para se obter total satisfação do cliente. É através dela que é possível visualizar de forma clara como será a decoração do local nos mínimos detalhes, assim sendo possível mudá-los e ter total noção de como o local ficará antes mesmo da obra começar.
Tal simulação pode ser utilizada tanto para representar áreas externas, quanto para representar áreas externas. É possível mostrar algo tanto de forma geral, quanto de forma específica. Mostrar os mínimos detalhes ou apenas como as cores e texturas conversam entre si. Tudo depende para quem é a modelagem, para quê é a modelagem e como se deseja que o espectador se sinta.
Entendi, mas como a Maquete Eletrônica pode me ajudar na minha obra?
Fato é que no mundo moderno em que vivemos, é necessário nos reinventar constantemente para cada vez mais criar um diferencial em relação às outras empresas, assim se sobressaindo no mercado de trabalho e não sendo apenas mais um no meio de milhares. E a Maquete Eletrônica proporciona isso para a sua obra e para a sua empresa. Apenas executar uma obra com base em um projeto muitos fazem, mas oferecer além de um serviço – oferecer uma experiência completa com muita participação do cliente no resultado – poucos fazem.
Por isso, a Maquete Eletrônica possui muitos benefícios para quem trabalha com obras. Vendendo-a em conjunto com o projeto da obra em si, é possível agregar valor à obra e, além de ganhar mais dinheiro com ela, você cria um diferencial. A Maquete Eletrônica tem o poder de impressionar os clientes e deixá-los com o sentimento de que vale a pena contratar o serviço. Consequentemente, a tendência é de que cada vez mais cheguem clientes por indicação.
Além de que com a Modelagem 3D, é possível alinhar 100% as expectativas do cliente com o resultado antes mesmo da obra começar. Isso porque, com ela, o cliente pode praticamente desenhar a própria casa e decidir cada detalhe que quiser. Conforme o projeto for sendo realizado é bom mandar referências e perguntar o que o cliente gosta e o que ele não gosta, assim obtendo o melhor resultado possível. Como o cliente não irá gostar de algo que foi ele mesmo que decidiu tudo? Difícil, concorda? Por isso que a modelagem é indispensável para a sua obra. Com ela é possível obter satisfação máxima do cliente na imensa maioria das vezes.
E como é feita uma Maquete Eletrônica?
A Maquete Eletrônica é realizada através de softwares específicos, tais como SketchUp e Vray. O Vray é uma extensão do SketchUp, portanto ambos podem ser baixados no site do SketchUp. Ambos são muito importantes no processo de realização do projeto pois são complementares. Para realizar a maquete, é necessário passar pelas quatro principais etapas: modelagem, iluminação, texturização e renderização.
A primeira etapa – a modelagem – é realizada no SketchUp, e é nessa etapa que é planejada a disposição dos móveis, a decoração nos mínimos detalhes, cores, materiais utilizados etc. É aqui que os cômodos ganham vida e formato. Praticamente essa é a base da Maquete Eletrônica. Se ela não for feita com excelência, as próximas etapas não farão milagre e o projeto pode acabar ficando com um resultado não tão bom a ponto de ser tão realista como uma foto.
A segunda e a terceira etapa – a iluminação e a texturização respectivamente – são realizadas praticamente juntas através do Vray. Com relação à iluminação, existem diferentes tipos de luzes e diversas configurações quanto às cores, direcionalidade, formato, intensidade, reflexão etc. Cabe ao projetista analisar a cena, o que está sendo retratado e o que se deseja transmitir ao espectador para definir as melhores configurações nessa etapa. É uma parte do processo mais complexa pois já é uma preparação direta para a etapa final – a renderização. Portanto aqui deve-se prezar, acima de tudo, pela proximidade com a realidade. Já em relação à texturização, é aqui que os objetos ganham um tom realista e passam a, de fato, parecer com o material retratado. É nessa etapa onde os objetos deixarão de ser lisos e ganharão texturas. É na texturização onde, por exemplo, será feito o rejunte entre os tijolos, a reflexividade do espelho e o brilho do mármore. Assim como na iluminação, na texturização também deve-se prezar pelo realismo.
Após essas três etapas, a Maquete Eletrônica já está realista e pronta para a última etapa: a renderização. Porém, antes de explicar o final do processo, é importante destacar que após a iluminação e texturização, nas quais a modelagem ganha um tom realista, a mudança só será notável após o render. Durante a navegação no SketchUp não será possível notá-las. Portanto, possivelmente será necessário fazer vários renders teste para ir mudando aos poucos a iluminação e a texturização dos objetos.
Explicado tudo isso, finalmente chegamos à explicação da última etapa. Nela não é feito nenhum tipo de mudança em relação aos materiais. Já está tudo pronto. Nessa etapa é onde será realizada a foto ou o vídeo que será apresentado ao cliente, portanto é mais simples. Basta posicionar a câmera onde desejar, clicar em renderizar e está feito. O que é muito importante nessa etapa é a posição da câmera. Opte por posicioná-la mais ou menos na altura dos olhos, valorize as linhas verticais, horizontais ou diagonais, preste atenção nos elementos do primeiro e do segundo plano da vista e, caso seja necessário renderizar algum cômodo em perspectiva, utilize a técnica 70/30. A técnica 70/30 consiste em fotografar 70% de um lado do cômodo e 30% do outro ao invés de fotografar 50% de cada lado como seria o mais provável a se pensar.