As 6 melhores ferramentas para prototipagem
Higor Ferreira Franco
No universo das engenharias há muitas formas de expressar e pôr em prática projetos em idealização, uma delas é a prototipagem.
Prototipagem, nada mais é do que a transferência de uma ideia para a realidade. Para isso, podemos criar o protótipo tanto no âmbito digital, em softwares e aplicativos, como no âmbito físico, em argila, massa de modelar e impressão 3D, ou até mesmo utilizando uma mescla dos dois, modelando no software e imprimindo em impressora 3D.
Apesar de existir diversas formas de se criar um protótipo, convergem para as mesmas importâncias, tais como:
Melhor visibilidade da ideia: muitas vezes pode parecer um tanto abstrato somente pensar, falar ou rascunhar um projeto.
Prevenção de problemas: a prototipagem tanto digital quanto física ajuda a prevenir que problemas no projeto passem desapercebidos.
Relação com o cliente: com a prototipagem é possível mostrar para o cliente a evolução do projeto, mantendo assim uma relação mais próxima.
Além desses tópicos, existem muitos outros fatores que a prototipagem influencia, como feedback do usuário, melhorias mais certeiras, atualizações mais fáceis e constantes no projeto.
Nesse artigo, vamos mostrar as 6 melhores ferramentas para prototipagem, aqui listamos instrumentos que vão desde os softwares, até a máquinas que vão materializá-la.
1. Solidworks
O Solidworks é um software de CAD 3D (computer-aided design) utilizado para o desenvolvimento de projetos de peças mecânicas.
Com uma plataforma intuitiva, esse software traz soluções completas para quem deseja criar um protótipo do zero, a ferramenta conta com aplicações que vão desde a modelagem, até as simulações de esforços mecânicos.
Além disso, o pacote completo do software inclui o Solidworks Visualize, que dá a possibilidade de colocar cor, material e textura no protótipo, também é possível renderizar a imagem, com luz e ambiente totalmente customizável.
2. Inventor
O Inventor é um software da família da Autodesk, como o AutoCAD. Utilizado, assim como o Solidworks, para a modelagem de peças mecânicas 3D, documentação e simulações de produtos e protótipos.
De uma forma geral, o Inventor se assemelha bastante com as soluções que o Solidworks traz, ambos são softwares paramétricos, ou seja, é possível incluir, excluir e editar medidas durante a modelagem, de forma fácil e rápida.
Ambos possuem opções de montagem, onde é possível unir as diversas peças de um projeto em um só arquivo e assim ver sua forma final de funcionamento.
Também possui, assim como o Solidworks, a opção de realizar desenhos técnicos, de forma precisa e detalhada para manufatura.
3. Impressora 3D FMD
Com o avanço da tecnologia, as soluções no universo da engenharia tendem a baratear e ficar viável para investimentos, uma dessas soluções é a impressão 3D.
Impressora 3D FMD (fabricação por filamento fundido), nada mais é do que uma máquina que utiliza filamentos de polímero, para materializar peças que anteriormente estava somente no software de forma digital.
Com isso, é possível transformar ideias em protótipos e visualizar de uma forma que o software não consegue demonstrar.
Um ponto que vale ressaltar aqui é que mesmo as impressoras 3D de filamentos mais avançadas contam com um problema: o desperdício de filamento.
Para que um projeto para impressão 3D por filamento fundido seja criado, é necessário que uma estrutura seja montada na modelagem, para que a peça tenha suporte e não desmanche.
Nesse sentido, atualmente todo esse material da estrutura é desperdiçado e jogado fora, trazendo custos a mais para o projetista.
Como solução, devido ao filamento ser feito de material plástico, é possível realizar a reciclagem dele, tanto de forma caseira e existem diversos tutoriais na internet que ajudam e instruem a fazer isso, quanto na forma profissional, pois atualmente existem empresas que se especializaram nesse ramo e prestam esse tipo de serviço.
4. Impressora 3D de resina
Conhecidas no mercado como impressora 3D SLA/DLP, apesar do nome, as impressoras de resina pouco se assemelham com as impressoras FMD.
Isso porque, as impressoras SLA/DLP não utilizam filamentos de polímero. Ao invés disso, o seu funcionamento se dá através da solidificação de polímero fotossensíveis até então em forma liquida por meio da emissão de feixes de raios UV.
Coma impressão sendo feita por meio de raio UV, é possível trazer um maior detalhamento e resolução para o projeto. Agora, outra diferença é que mesmo após a impressão estar finalizada, é necessário realizar a cura da peça, onde a mesma precisa ser exposta a luz UV para que todo o seu corpo se solidifique por completo.
A impressora 3D de resina traz uma solução diferente e atrativa para quem deseja criar peças ou fazer prototipagem.
Pois além de fazer uma impressão mais detalhada da peça, há poucos desperdícios e um ótimo aproveitamento do material utilizado.
5. Impressora 3D SLS
Desenvolvida na década de 1980, a impressão 3D SLS (sintetização seletiva a laser) utiliza um feixe de laser para fundir um pó de polímero em regiões pré-determinadas, solidificando-o e criando a peça.
Esse tipo de impressão é muito comum e utilizado em indústrias, os materiais utilizados são polímeros termoplásticos em formato granular.
Uma das grandes vantagens dessa impressão é o fato de não ser necessário a criação de estruturas de suporte, pois o pó fornece todo o suporte necessário para a criação da peça.
Portanto, esse tipo de impressão é uma das mais recomendadas quando se quer construir peças com formas geométricas complexas.
6. PolyJet
Polyjet é um dos métodos mais recentes para impressão 3D. Criada em Israel, essa tecnologia possui altíssima resolução, podendo criar detalhes de até 0,014 mm, produzindo peças de geometrias complexas com alta precisão.
O seu funcionamento se dá através de cabeçotes, que inserem a resina liquida e fazem a cura com feixes de raios UV, utilizando os mesmos princípios das impressoras SLA/DLP, porém com um método mais avançado, a PolyJet é capaz de pingar até 600 gotas de resina por polegada.
O método de impressão utilizado pela PolyJet possui diversos pontos positivo e que o destaca frente a outros tipos de impressoras 3D tais como:
- Produzir peças com alta resolução e precisão
- Possibilidade de utilizar de 2 a 8 cabeçotes, podendo aumentar a velocidade da impressão.
- Impressão simultânea de diferentes materiais
- O material que pode ser utilizado chamado “Digital ABS”, possui propriedades que permitem impressões que podem suportar altas temperaturas e pressão.
Conclusão
Primeiramente, como já citado aqui, existe diversos pontos importantes de o porquê fazer um protótipo, tais como a melhor visibilidade da ideia, prevenção de problemas, relação com o cliente e feedback do usuário.
No geral, criar um protótipo, possibilita ao criador uma visão além do papel e das ideias, oferecendo a ele a possibilidade de conhecer em todos os ângulos possíveis a forma de seu projeto.
Aqui colocamos uma fração da imensidão de exemplos e fatores que compõe e influenciam o mundo da prototipagem.
Vale ressaltar que não existe certo ou errado, melhor ou pior, no que tange a escolha de qual ferramenta ou método será utilizada para criar o protótipo.
Isso porque, as ferramentas aqui citadas são em sua maioria para o uso em protótipos digitais e peças mecânicas e claramente a prototipagem não se resume apenas a esses dois temas.
O importante é que antes da prototipagem, seja feito um estudo da situação em particular. Após isso, é que se saberá qual serão as escolhas mais adequadas para a determinada situação de prototipagem.